Crônicas do Cotidiano
Depende muito pra onde vai, pra onde vem
Você vem de muito longe?
Você vem de trem
Sai mais cedo
Você vem de perto?
Fica esperto
Sempre atrasada
Deus me protege nessa estrada
Protege essa condução
Olha a hora!
Aquele ônibus passa agora
Outro só daqui a outra encarnação
Tem que ter força pra entrar no metrô
Equilíbrio para o busão
E paciência com o trem
O sufoco varia um pouco
Melhor não olhar pra ninguém
Quanto mais cheio maior a tensão
Maior o contato
Lata fechada hermeticamente
Se não for forte se apaixona
Pelo cheiro do Rexona
Segura a marmita pra não entornar
Segura o celular pra ninguém pegar
Presta atenção na composição
O fim já vai chegar
Até lá vamos apertar um pouco mais
Falta pouco pra acabar o sufoco
Atrasado, estressado e amassado
Essa viagem deixa chateado
O trabalhador assalariado
Que chega todo dia suado
No trabalho abençoado
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