domingo, 24 de abril de 2016

Crônicas de toalhinhas...

Crônicas de toalhinhas...

Nem precisa chegar o úmido verão. Qualquer bafinho morno no cangote traz de volta as toalhinhas. Aparece uma bolinha de suor invisível na testa e esfrega, esfrega, esfrega, esfrega... vida dura a da toalhinha.


A toalhinha tem mil e uma utilidades. Seca suor, baba, muco, lágrimas, lustra o ferro do trem, do metrô, do busão, limpa o banco do ônibus. 

Pode ser compartilhada. Passa na cara da mãe, do filho, filha, neta etc. 
Serve de ventilador também. Segura a toalhinha na ponta e gira. 
Uma leve brisa ameniza o calor. 

A toalha pode ser uma fralda também. Quem tem baby em casa economiza. Bota na bundinha do neném, depois passa na cara e depois volta pra bundinha do neném.

Já vi uma doce senhora com 2 toalhinhas! Uma em cada ombro. 

Deve ser uma pra cada axila, é bom mesmo não misturar as coisas...

Elas me lembram coisas de criança. Quando ia pra escola, bem pequena, eu tinha uma toalhinha com meu nome bordado. Era um ponto em cruz meio torto. Ía junto com o lanche da escola, nem sempre tão gostoso. 

Minha toalhinha tinha cheiro de toddy, porque minha mãe enrolava na garrafinha que sempre entornava, ela dizia que eu não fechava a garrafa direito. 
Com o tempo o cheiro bom de toddy ficava meio azedo. 
Igual as toalhas meio azedas das senhoras de respeito que dividem o espaço insalubre dos meios de transportes. Cadê nosso ar condicionado, prefeito??

Dizem que os velhos voltam a ser crianças, deve ser por isso que voltam a usar toalhinhas.


Vou lançar nova moda: luvas descartáveis. 

Vou pedir pra minha mamãe bordar meu nome nela.
Ainda bem que somos fortes.



Um comentário:

  1. Essas toalinhas são um nojo!!!!!!! Ecaaaaaaaa kkkkkkkkkkkkkkkk

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