segunda-feira, 16 de maio de 2016

O Charme cinzento do Centro

O charme cinzento do Centro

Adorava andar nas ruas do centro. 
Ficava passeando e esperando diminuir o engarrafamento.
Antigamente o engarrafamento tinha hora pra terminar.





Sempre tem um cantinho que a gente não conhece. Muitas lojas pra olhar.
Muitas coisas pra beliscar.
Se precisar de médico tem em todos os prédios.
 

Banca de jornal tem em cada esquina. 
Banco tem em cada quadra.

Emprego tem também. Deixe seu currículo.



A passada no Saara e no camelô da Uruguaiana eram obrigatórios.


  


E as padarias? Cada vitrine! Que sonho!


Quero um de cada
Tinha os caras que desenhavam no azulejo. O desenho se desvenda no final.
Verdadeiros artistas. 
Muitos vendedores pelas ruas, hippies e doidos. Tem espaço para todos.

Muitos engravatados, pessoas bem vestidas. Que lindo!
Tem o moderno e o antigo lado a lado.



Já pegou um elevador antigo que fecha com grade? Que medo! 
Ele faz nhéééééco!

Na hora do almoço melhor andar rápido, senão passam por cima.
Muitas pessoas com cara de séria correndo pra comer.
Muitos restaurantes cheios. Nossa, como tem gente aqui!

Na hora da saída, pessoas relaxadas, afrouxando a gravata, procurando um cantinho pra tomar uma cerveja e conversar antes de ir pra casa.
Até o churrasquinho da calçada fica cheio. 
Será que é gato? Não importa, a cerveja tá gelada.

A Central é coisa de louco! Tem trem em cima, metrô embaixo, rodoviária atrás. Tem a torre com relógio do Big Ben.
Tem a Avenida do Samba, onde o povo desfila à vontade.
A Presidente Vargas parece grande, mas é pequena na hora do rush.
A Rio Branco, pra mim, é a rua mais bonita, elegante, imponente. 
O antigo e o moderno você encontra aqui.
Tem museus, teatros, igrejas, praças e gente perdida.


       



 A Lapa é terra da diversão. 
Todos felizes bebendo e comemorando no meio da rua. Turista adora.
Perigo e diversão ao mesmo tempo.
Os arcos da Lapa foi uma paliativo pra trazer a água que virou um belo cartão postal.


Fonte: Wikipedia
Um pecado prédios antigos tombados quase tombando. 
Nascem plantas dentro das rachaduras. A natureza é sinistra.



Quando era pequena meu pai falava que ía “descer” ou ía “lá embaixo na cidade”.
Causava uma confusão na mente da pequena criança. 
Eu pensava em alguma coisa lá embaixo mesmo.

Vejo algumas fotos do Rio antigo e viajo nas roupas elegantes das pessoas. Ternos, chapéus. Ir no centro era coisa séria. 
Queria ter uma máquina do tempo pra ver tudo isso de perto.

A Rio Branco era uma rua com canteiro no meio. Era um passeio. Lindo!


Fonte: Wikipedia

Confeitaria Colombo! Ali é um túnel do tempo.
Me lembra casa de bonecas. Que prazer estar ali.
Os espelhos enormes. Os doces perfeitos. Passeio obrigatório.
Famosos passaram por ali.

Lembrando que o centro foi berço do Império. Veio maior galera de Portugal.
A galera do D.João foi parar na praça XV! Olha que moral!

Aí vieram as obras, os menores. Cuidado!



Cuidado com o novo sentido da rua! Idosos sofrem.
Cuidado com as obras. Aquele ônibus não tem mais.
Não conheço mais o centro que amava. 
Não sei onde pegar o ônibus, onde descer do ônibus.

A Rio Branco virou um passeio novamente. O Rio voltou a ser cidade de trilhos.

  

Olha o VLT aí!

 

O chefe da cidade está transformando tudo. Espero que seja pra melhor.
Desejo que ele tenha sucesso. Apesar de estar brava com a bagunça.
Vamos ter uma avenida pra passear e o resto das ruas engarrafadas.
Difícil organizar tanto ônibus.

Melhor ir andando. Aproveito pra passear mais.

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