sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Quiosques do Rio antigo

Quiosque vovô


No início do século 20 tínhamos na área central do Rio o precursor dos nossos queridos e conhecidos quiosques.
Eram pequenas unidades comerciais copiadas de um modelo europeu.
Originalmente foram criados para a venda de livros e jornais, mas passaram a vender bebidas, cigarros, salgados, bilhetes de loterias.
Servia a camada mais pobre da população e apresentava problemas de conservação e proteção de alimentos. 
Imagina. População pobre, analfabeta e sem acesso a informação. Era ali, todo dia, que o povo se juntava para bater papo, tomar umas e saber das fofocas.
O povo gostava, mas a elite não. Por isso, os quiosques entraram na reforma de higienização do Prefeito Pereira Passos e foram demolidos. Eram considerados deselegantes, tinha falta de higiene e convenhamos um problema para a saúde.
O "Bota-Abaixo" do Prefeito Pereira Passos (1902-1906).

Sobraram 2 exemplares desses quiosques e estão no Passeio Público. 
Lembra um estilo japonês. Claustrofóbico.


Adoro respirar nosso passado.

O Passeio Público é um parque arborizado que passou por inúmeras reformas e foi reaberto. Foi construído a partir de 1783. Muuuito velhinho. 
Foi concebido por Mestre Valentim.
Mudou de estilo, já teve um aquário e foi ignorado por vários governantes.
O parque fica do ladinho da Cinelândia e está bem cuidado agora. 
Tem segurança, ar puro e não estava com cheiro de xixi (milagre!).
Tem vários bustos, esculturas, muita história e muito verde. No centrão da cidade. 
É grátis e vale uma visita.
Espero que a população contribua com a conservação.

Se quiser saber mais e fazer um Tour histórico pelo Rio: 
www.facebook.com/descortinandorio/

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